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Posteriormente, o CEO da SaraInvest afirmou que "Um bom investidor é aquele que conhece por dentro os ativos investidos, que sai do Excel e vai conhecer as pessoas que constroem os resultados. Aqui na SaraInvest falamos que não temos clientes, temos amigos, uma família. Fazemos estas imersões nas empresas para ajudar a transformar o nível de conhecimento de nossos amigos. Nesta semana estivemos na imersão exclusiva na Taurus Armas, a maior empresa de armas curtas do mundo".

Índia: uma oportunidade muito maior que o ano de 2021
Em suas palavras, Salesio agradeceu a presença de todos e se mostrou muito entusiasmado com as perspectivas da empresa na Índia, onde a fábrica da Taurus em joint venture (JV) com o Grupo Jindal (JHind Taurus India) começará a produzir a partir do início de 2023. 

O CEO destacou o imenso potencial do mercado civil, militar e de segurança desse país, ressaltando que a empresa já está habilitada a participar da maior licitação de armas leves da história mundial (440 mil fuzis CQB para o Exército Indiano), com boas chances de ser um dos dois vencedores. Além disso, está também atenta a outras licitações futuras para órgãos policiais e paramilitares que somam cerca de 260 mil armas de diversos tipos (fuzis, submetralhadoras e pistolas), bem como ao mercado civil, que tem apenas 74 milhões de armas para uma população de 1,3 bilhão de pessoas, sendo que a grande maioria dessas armas é antiga e obsoleta. 

Essa Consultoria chama a atenção para a mudança de postura do CEO da Taurus que, até pouco tempo atrás, mostrava-se confiante, mas muito cauteloso com relação à Índia, dado ao fato de ser um processo inédito para a empresa e para esse país, além de a burocracia indiana ser bastante pesada. 

No entanto, com o bom andamento do processo da JV e a iminente entrada em operação da unidade fabril indiana, juntamente com as recentes perspectivas que passaram a ser descortinadas, Salesio agora evidencia um grande entusiasmo, a ponto de afirmar que a Índia representa uma oportunidade ainda muito maior do que aquela que a empresa que teve no ano de 2021, quando a Taurus percebeu e se preparou a tempo para a impressionante e inédita demanda que viria nos EUA, aproveitando-a ao máximo e fazendo de 2021 o melhor ano da história da companhia.

Dividendos e recompra de ações
Com relação aos dividendos a serem pagos em 2023, Salesio afirmou que a firme determinação da companhia é remunerar muito bem e de forma mais constante seus acionistas, cuja base é hoje de 66 mil pessoas físicas, além fundos e investidores institucionais nacionais e estrangeiros. Para tanto, a empresa pretende distribuir um significativo valor referente ao ano de 2022, além de, no ano que vem, passar a fazê-lo de forma mais constante, com uma periodicidade que ainda não foi definida, mas que poderá ser trimestral.

Esta Consultoria lembra que, nos nove primeiros meses deste ano, o lucro líquido da Taurus já se encontra em R$ 399 milhões e que o último trimestre tende a ser mais expressivo, haja vista conter os resultados do mais forte período de vendas nos EUA e da inusitada procura por armas no Brasil.

A Taurus também manifestou a intenção de realizar uma recompra de ações em 2023, caso o valor destas esteja subavaliado em relação ao que a empresa considera como justo, pois assim faria um excelente negócio e, ao mesmo tempo, geraria mais valor a seus acionistas.