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Taurus (TASA4): Como o novo decreto de Lula pode ser uma boa notícia para a empresa
Publicado em: 24/07/2023
O novo decreto de armas assinado na última sexta-feira (21) pelo governo Lula traz desafios, mas também maior demanda, à maior fabricante de armas do país, a Taurus Armas (TASA4).
Com as novas regras incluindo a restrição de alguns calibres, a empresa terá que se desfazer de estoques e passar a focar nos modelos que poderão ser vendidos. Mas a procura por armas deve aumentar à medida que as novas autorizações — que estavam congeladas desde 1º de janeiro — voltarem a sair. Desde então, somente quem já estava autorizado poderia adquirir armas de fogo.
Isso se deve ao fato de que o decreto assinado por Lula naquela data revogou as alterações do governo Bolsonaro em relação à legislação de armas, e consequentemente ‘congelou’ as novas solicitações de quem pretendia se tornar um atirador esportivo. Mas, com a publicação do novo ato, a emissão de documentos para quem quer se tornar um atirador esportivo e adquirir armas voltam ao normal. As novas normas mantiveram os mesmos parâmetros do governo anterior para a obtenção dessas licenças (se filiar a um clube de tiro; ser maior de 25 anos; não possuir antecedentes criminais e ter ocupação lícita).
Durante o ano, dezenas de milhares de pessoas que pleiteavam se tornar um CAC (Caçador, Atirador e Colecionador) ficaram impedidas pelo ato de 1ºde janeiro, o que impediu todos esses potenciais compradores de adquirir armas, reprimindo a demanda para os produtos da Taurus. Aquela primeira medida criava, no entanto, um GT (Grupo de Trabalho) para discutir e implementar uma nova legislação, que foi apresentada depois de sete meses, na última sexta-feira.
Com a medida publicada, haverá um ‘descongelamento’ da demanda, com dezenas de milhares de novos CACs no mercado, por meio da normalização da emissão dos documentos, que agora ficam por conta da Polícia Federal. O país tem 783 mil CACs, de acordo com dados do Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas), do Exército Brasileiro (que até a última sexta-feira mantinha o controle da categoria).
Fonte: Money Times-SP - WEB